ATENÇÃO

Estas respostas me haviam sido enviadas inicialmente por Frank de Souza Mangabeira como sendo de sua autoria e foram tratadas com base nesse pressuposto. Muito posteriormente Frank viria a me informar que estas são na verdade da Dr. Márcia Oliveira de Paula, com a exceção das "Perguntas para os Evolucionistas" no fim do diálogo. Portanto peço ao leitor entenda que de boa-fé, acreditei estar dialogando com argumentos de Frank, quando na verdade já o estava a fazer com os da Doutora Márcia, que prosseguem em textos posteriores.

Marcus Valerio XR


COMENTÁRIOS À RESPOSTAS NÃO MUITO CONVINCENTES CONTIDAS NO TEXTO:

RESPOSTAS CONVINCENTES
Frank de Souza Mangabeira
framan7@uol.com.br

Embora ainda não façam jus ao título, estas são até agora as melhores e mais completas respostas que já recebi para as QUESTÕES SIMPLES QUE O CRIACIONISMO NÃO RESPONDE. Algumas delas merecem crédito, outras nem tanto, mas o mais significativo é que minha afirmação fundamental ainda está inviolada. A de que o Criacionismo não consegue, sob o paradigma de uma Terra Jovem e um Dilúvio Universal, explicar a simples distribuição das espécies ao redor do globo cientificamente, mas sim apenas apelando para milagres e mais milagres, o que o desqualifica como Ciência.
Procedamos uma análise do texto a seguir. Meus comentários atuais estarão em VERDE.

Marcus Valerio XR
evo@xr.pro.br

Prezado Marcus:

Criacionismo e Evolucionismo debatem-se com dificuldades, na tentativa de desvendar fatos relacionados com a história passada de nosso planeta. Ambos os modelos, em alguns aspectos não apresentam respostas esclarecedoras. Os esclarecimentos ficam na base de hipóteses. Por exemplo: o criacionismo tem dificuldade em explicar alguns pontos relacionados com a formação da coluna geológica durante o dilúvio.

Sendo generoso com o Criacionismo... Até aqui tudo bem.

Tem também certa dificuldade em explicar os padrões de migração dos vertebrados terrestres da arca para alguns dos continentes.

Que é o nosso tema.

O evolucionismo, por sua vez, não tem a menor explicação para a origem da vida e para o aumento da complexidade nos seres vivos (já está muito claro que mutação e seleção natural não podem fazer isso).

Não deveríamos discutir o Evolucionismo aqui, esse texto trata das respostas criacionistas a certas questões, mesmo assim o EVOLUCIONISMO não só tem como É a Explicação para o aumento da complexidade nos seres vivos, assim como também apresenta explicações para a origem da vida primitiva, embora nesse caso de fato fuja um pouco de sua área.

O evolucionismo também não tem a menor explicação para a Explosão Cambriana (surgimento de praticamente todos os filos de animais no período Cambriano, e não existem ancestrais destes animais no Pré-cambriano) que é bem melhor explicada pelo modelo criacionista através do dilúvio (os organismos da Explosão Cambriana foram os primeiros a serem soterrados durante o dilúvio mundial).

Mas é claro que tem! E até muito simples! Não existem evidências de espécies anteriores simplesmente porque estes foram os primeiros animais vertebrados, passíveis de deixar fósseis. A linha de pensamento evolutiva que melhor aborda esse tema é o Pontuacionismo, que examina os aparentes "saltos" da evolução. Mas não é esse o nosso assunto.

Mas vamos às respostas das perguntas, que é o que lhe interessa.

Agora sim!

Não é preciso qualquer conhecimento científico específico, não é preciso qualquer jargão não usual. São questões ridiculamente simples, para as quais o CRIACIONISMO adepto do Dilúvio Universal, não tem qualquer chance de oferecer uma resposta sequer razoável. Podem ser resumidas em:

COMO OS ANIMAIS ESPECÍFICOS DE CADA REGIÃO FORAM CHEGAR ATÉ LÁ?

Não sabemos, mas parece provável que os animais foram dirigidos de forma sobrenatural para ir para a arca, e de novo para se dispersar a partir da arca. Isto pode ter sido obtido pela implantação de um impulso instintivo para migrar. Alguns podem objetar sobre a invocação de atividade sobrenatural, mas esta é inerente em toda a história do dilúvio. Atividades sobrenaturais não implicam necessariamente em violação de leis naturais.

Frank começa excelentemente! Admitindo logo de cara que o Criacionismo não pode responder tal pergunta a não ser com hipóteses sobrenaturais, que como o próprio nome diz, estão além da natureza, e nesse caso constituem SIM violações das Leis Naturais.

Você pode observar que as ilhas contêm uma variedade muito menor de seres vivos que os continentes, principalmente as ilhas oceânicas (aquelas que estão distantes de qualquer continente). Isso ocorre porque os animais tem dificuldade de migrar até elas, principalmente os mamíferos, que são os que têm maior dificuldade de dispersão pela água. Mas a migração através dos continentes é muito mais fácil, principalmente porque a maioria dos continentes estiveram pelo menos parcialmente ligados no passado. A partir do local onde os animais saíram da arca, eles se dispersaram para os outros continentes.

Com a exceção da última frase, tudo isso é trivialmente observado pelos cientistas, dos quais um dos primeiros a promover uma pesquisa sistemática foi o próprio Darwin. Até agora, não disse nada, além de armar para si próprio uma terrível armadilha, que é a de tentar conciliar a Deriva Continental com o Criacionismo de Terra Jovem, o que terá um péssimo resultado mais adiante.

Portanto, a primeira pergunta ficou sem resposta. Passemos a segunda.

COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES VEGETAIS DE CADA REGIÃO DO MUNDO SOBREVIVERAM AO DILÚVIO? HAVIA NA ARCA DE NOÉ EXEMPLARES DE VEGETAIS DE TODAS AS PARTES DO PLANETA?

Noé levou sementes de muitos vegetais para dentro da arca. Porém, muitas plantas devem ter sobrevivido ao dilúvio fora da arca. A Bíblia relata que uma pomba libertada por Noé trouxe para ele uma folha de oliveira muito antes que ele tivesse deixado a arca e feito uma plantação de oliveiras. Sementes de vegetais podem ser preservadas por longos períodos dentro da água. Além disso, partes de diversos vegetais podem ter flutuado, na forma de jangadas naturais, e podem ter brotado quando as águas baixaram (muitos vegetais se reproduzem assexuadamente por brotos, sem necessitar de sementes).

A primeira afirmação é uma mera especulação sobre o mito de Noé que não tem sequer base bíblica. É verdade que há vegetais que podem sobreviver longos períodos abaixo da água, mas como qualquer experiência de fundo de quintal pode demonstrar, não é o caso da maioria. A idéia das jangadas naturais é ótima, e poderia de fato fornecer uma explicação parcial.

Porém lembremos que os próprios criacionistas insistem num dilúvio global que cobriu toda e qualquer forma de terra, até mesmo as montanhas. Devido ao equilíbrio hidrodinâmico, a altura da água teria que ser maior que o Monte Everest! Ou seja, mais de 8 km! Ou pelo menos do tamanho das mais altas planícies da Terra, 4 km.

Mesmo que fosse só Mil Km, o que não cobriria nem o Planalto Central brasileiro onde vivo, a variação de pressão atmosférica e temperatura seria mais do que suficiente para matar qualquer vegetal acostumado a viver ao nível do mar, mesmo que as tais jangadas naturais pudessem fornecer terra e água doce por 40 dias, isso sem falar na ausência de Sol e da chuva constante, capazes de matar muitos vegetais mesmo em condições não diluvianas.

Portanto essa especulação é um tremendo chute! Essa reposta não me pareceu nada convincente, mas serei generoso e considerarei a idéia das jangadas naturais, o que daria uns 25% de valor a resposta.

COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES DE ARTRÓPODOS SOBREVIVERAM AO DILÚVIO? HAVIA NA ARCA UMA SEÇÃO COM MILHÕES DE COMPARTIMENTOS PARA "CASAIS" DE INSETOS, ARACNÍDEOS, CRUSTÁCEOS E SIMILARES?

Muitas espécies de organismos sobreviveram ao dilúvio fora da água e aqui podem ser incluídos grande número de artrópodes. A maioria dos crustáceos são aquáticos. Muitos dos insetos têm fases de larva e/ou pupa que também são aquáticas. Os ovos de aranhas e da maioria dos insetos podem sobreviver dentro da água. Muitos desses ovos poderiam também ter sobrevivido em cima de plantas flutuantes, como citado acima.

E como citado acima, tudo não passa de um tremendo palpite. Existem inúmeras espécies de artrópodes cujas larvas ou ovos morreriam na água. Mesmo que sobrevivessem inclusive à variação de temperatura e pressão (acima de mil metros por exemplo não existem aranhas caranguejeiras), enfrentariam problemas de sobrevivência drástico após o Dilúvio, como o texto tenta explicar a seguir.

Ah!!! Só para lembrar, ainda que interessante, essa idéia das jangadas naturais vai contra a Bíblia.

"Assim foram exterminadas todas as criaturas que havia sobre a face da terra, tanto o homem como o gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram exterminados da terra; ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca." (Gn 7:23)

A maioria dos criacionistas não acredita que todas as espécies de organismos que existem hoje já existiam na época do dilúvio. Muitas dessas espécies (e até gêneros) poderiam ter surgido após o dilúvio. Leonard Brand (Brand. L. Faith, Reason and Eart History. Berrien Springs, Andrews University Press, 1997, p 198 e 199) afirma que: " Após o dilúvio, as condições eram ideais para uma rápida especiação. A terra estava bastante vazia com muitos nichos ecológicos a serem preenchidos. Além disso, antes do desenvolvimento de ecossistemas maduros e balanceados, a dinâmica de populações seria instável, o que favoreceria a especiação. Mudanças geológicas e ambientais rápidas que ocorreram após o dilúvio favoreceriam a separação dos organismos em populações isoladas, facilitando a especiação".

VIVA!!! Nada como a confrontação racional dos fatos para demonstrar que é impossível compreender a existência dos seres vivos sem a Evolução! Esta explicação foi TOTALMENTE evolucionista, falando em "Especiação", um dos conceitos centrais do Darwinismo!

Logo na segunda frase afirma-se que essas Espécies (e Gêneros) teriam surgido após o Dilúvio! Pronto!

Surgiram como?! EVOLUÇÃO! Ou então por outra Criação Divina, o que não tem base nem Bíblica!

Por fim, a resposta foi quase correta, mas foi uma resposta evolucionista, e eu queria uma resposta criacionista. Portanto, a Terceira Pergunta também não foi respondida.

COMO SOBREVIVERAM OS ANIMAIS AQUÁTICOS DE ÁGUA DOCE?

Não sabemos como eram os ecossistemas antes do dilúvio. Não sabemos nem mesmo como era a salinidade dos oceanos e como a água doce vinda das chuvas e de depósitos subterrâneos, durante o dilúvio, alterou esta salinidade. Os criacionistas acreditam que uma boa parte dos animais aquáticos não conseguiram sobreviver a estas mudanças de salinidade da água e se extinguiram, formando os depósitos de fósseis correspondentes principalmente ao Paleozóico e Mesozóico.

Dessa vez nem tentou responder a pergunta! Eu não quis saber qual a explicação criacionista sobre os fósseis mencionados. Quis saber apenas COMO SOBREVIVERAM OS ANIMAIS DE ÁGUA DOCE!

Enquanto os Criacionistas assumem não saber uma série de coisas, todos nós sabemos que se colocarmos um Golfinho em água doce ele morre! Se colocarmos um Peixe-Boi em água salgada ele morre! Como eles sobreviveram ao Dilúvio?!

A não ser é claro que se recorra a explicação da resposta anterior, uma resposta Evolucionista! Portanto, pelo ponto de vista Criacionista, ao qual dirigi a pergunta, também não houve resposta para essa Quarta Questão.

Eu esperava a explicação de que teriam se formado bolsas de água doce e salgada durante o dilúvio que por algum milagre não teriam se misturado. Mas isso também não adiantaria, assim como não seria possível achar um meio termo de salinidade. Isso sem falar nos mamíferos aquático-terrestres tais como focas, leões-marinhos e etc. que não podem ficar 40 dias dentro da água. Teriam eles ido na Arca? Mas eles também não poderiam ficar 40 dias fora da água. Só se a Arca de Noé tinha um sistema de liberação e resgate desses mamíferos, assim como um detector que pudesse distinguir os bolsões de água doce e salgada. Haja tecnologia!

Até agora, com muita generosidade, o aproveitamente destas respostas foi de uns 6,25%.

COMO SE DESENVOLVERAM AS DIVERSAS ETNIAS HUMANAS EM TÃO POUCO TEMPO?

Essa é uma das respostas mais fáceis. Como você mesmo disse, as diversas etnias não chegam nem a ser raças diferentes. Elas já foram consideradas raças, mas hoje já se sabe que elas são tão parecidas que não podem ser consideradas raças diferentes. Os seres humanos de todas as etnias têm o DNA muito parecido entre si. O problema é que algumas das características que mais chamam a nossa atenção são diferentes (por exemplo, cor da pele, do cabelo, dos olhos e estatura).

Isso. Ótimo. Muito bom. Agora responda por favor.

Existem relatos feitos por cientistas evolucionistas do surgimento de novas espécies de animais em períodos que variaram de centenas há milhares de anos. Se espécies novas podem surgir em períodos tão curtos, por que não as etnias humanas? (Todos os seres humanos ainda pertencem a uma mesma espécie).

Mais uma vez os criacionistas são incapazes de dar respostas que não sejam evolucionistas. E nesse Frank parece não ter lido o texto QUESTÕES SIMPLES QUE O CRIACIONISMO NÃO RESPONDE onde eu abordo essa questão no trecho "E as Etnias?".

James Gibson (Anais do IV Encontro Nacional de Criacionistas) faz a seguinte citação "Numerosos exemplos de mudança nas espécies já foram observados. Por exemplo, uma nova espécie de copépode formou-se no Mar Salton no sul da Califórnia em menos de 30 anos.12 O Havaí não tinha bananeiras até cerca de 1000 anos atrás, no entanto há mariposas havaianas nativas que só se alimentam de bananeiras. Estas novas espécies surgiram em menos de 1000 anos.13 Uma população de macacos verdes viveu na ilha de St Kitts no Caribe por menos de 100 anos, mas desenvolveu aspectos morfológicos equivalentes a uma nova espécie.14 A capacidade de mudanças rápidas está confirmada tanto por experimentação como por observação da natureza". 12. Johnson, M. W. 1953. The copepod Cyclops dimorphus Kiefer from the Salton Sea. American Midland Naturalist 49:188-192.

13. Zimmerman, E. C. 1960. Possible evidence of rapid evolution in Hawaiian moths. Evolution 14:137-138.

14. Ashton, E.H., R.M. Flinn, R.K. Griffiths. 1979. The results of geographic isolation on the teeth and skull of the Green monkey (Cercopithecus aethiops sabaeus) in St. Kitts – a multivariate retrospect. Journal of Zoology, London

Pelo jeito há mais Evolucionismo entre os criacionistas do que eu pensava! Eu estou pedindo respostas Criacionistas! Afinal de contas você admite ou não a Evolução?!

As raças podem se desenvolver quando pequenos grupos são isolados. Além de distâncias, a linguagem é provavelmente o maior fator de isolamento. Quando as linguagens foram confundidas em Babel, provavelmente pequenos grupos se dispersaram para vários lugares, produzindo grupos isolados que se desenvolveram em raças diferentes.

Alguns aspectos raciais podem ser o resultado do fato de que certas características fisiológicas são vantajosas em determinados ambientes. A cor da pele é um exemplo. A luz solar é necessária para produzir vitamina D. Luz solar em excesso aumenta o risco de câncer de pele. A melanina protege os que vivem em climas tropicais do câncer da pele causado por excesso de luz solar. Isto explica porque pessoas que vivem nos trópicos têm tipicamente pele mais escura. Pessoas que vivem em latitudes mais altas não necessitam de muita proteção contra o sol e têm pele mais clara. A pele escura pode ser desvantajosa em latitudes altas se a quantidade de luz solar é apenas suficiente para a produção de vitamina D.

Uau! Muito obrigado pela aula de Darwinismo! Isso é SELEÇÃO NATURAL! É impressão minha ou você está se curvando a inegabilidade da Evolução? Sendo assim pra quê Criação?!

Mesmo assim, esse raciocínio só funciona se tivermos períodos de milhões de anos, jamais poderia ocorrer num período de tempo proposto pelos Criacionistas da Terra Jovem, de alguns milhares de anos, como já foi explicado no texto acima referido.

Agora Frank decide sacar a versão anterior de minhas questões, o que permitirá maiores desenvolvimentos.

Posso resumir parte destas questões naquilo que gosto de chamar de ENIGMA DAS CAPIVARAS que diz o seguinte:

As Capivaras são exclusivas brasileiras, não existindo em nenhum outro lugar do mundo. Segundo o Criacionismo elas foram criadas junto com todas as demais espécies animais. No dilúvio evidentemente todas as Capivaras e demais espécies terrestres que não embarcaram na Arca de Noé morreram.
Sendo assim, é lógico concluir que se elas hoje existem, é por que estavam na arca, e se não houve evolução, eram exatamente como são hoje. Foram então desembarcadas por Noé no monte Ararat. Na atual Turquia.
Como elas não nadam grandes distância nem possuem navios. Só podem ter sido trazidas para o Brasil por descendentes de Noé que vieram para a América depois da dispersão.
Sem tais tribos não haveria os índios por aqui, nem as Capivaras.

Conclusão lógica:

Eles trouxeram as Capivaras do Velho Mundo (Europa e Oriente Médio), via Ásia, estreito de Bering, Américas do Norte e Central para finalmente chegar a América do Sul.
Evidentemente não foram só as Capivaras, mas também as Antas, Tamanduás, Lobos-Guará, Tatus, Jaguatiricas e etc. Animais que não existem em nenhum outro lugar do planeta a começar pela Velho Mundo. Perguntas:
Como trouxeram essas e mais outras milhares de espécies animais exclusivas do Brasil?

Como já explicado acima, elas podem ter migrado pela rota que você mesmo sugeriu. Não necessariamente tiveram que ser trazidas pelo homem.

Hum... Uma migração organizada de Capivaras!? Interessante! Pensei que usaria o argumento da Pangéia, que será abordado mais adiante. Vejamos então a Viagem das Capivaras desde a Mesopotâmia atrevessando a Ásia, cruzando o estreito de Bering, descendo pela América do Norte, Central até chegar e se instalar no Brasil! A Terra Prometida! Desafiando toda a variação climática, predadores, doenças e falta de alimentos que com certeza lhes ocorreriam. Será que Jeová pelejou por elas também?!

Por que nenhuma ficou pelo caminho, nem nenhuma ossada, nem memória nos povos que testemunharam sua passagem, ou que ficaram pelo caminho desde a Ásia até a América Central? Por que não há nenhum registro fóssil, histórico ou mesmo Bíblico de todas as milhões de espécies animais que pelo menos hoje, não mais existem no Velho Mundo?

Os trechos citados abaixo foram traduzidos da referência em inglês.

Agora Frank, impossibilitado de dar qualquer respota razoável por si próprio, viola as normas implícitas deste diálogo, que é ser baseado em QUESTÕES SIMPLES, que não precisam de erudição, nem de longas citações ou referências mais extensas. Eu esperava RESPOSTAS SIMPLES!

Mas tudo bem. Vamos ver o que nossos PHDs Henry Morris e John Whitcomb tem a dizer.

Uma possível explicação para isso é que o resgistro fóssil é muito incompleto para registrar as migrações de animais após o dilúvio. Sob certas circunstâncias, a presença anterior de um grupo de animais em uma região pode não ser detectada no registro fóssil. Pode ser esperado que o número de indivíduos que migraram era muito pequeno e/ou que o grupo ficou em cada região apenas por períodos curtos.
A second possible explanation is that the fossil record is too incomplete to record the migrations of animals after the flood (Whitcomb and Morris 1961:83). Under certain circumstances, the former presence of a group of animals in a region might not be detectable in the fossil record. This might be expected if the number of individuals was very small, and/or if the group spent only a short time in the region.

O que me irrita nos Criacionistas é a Hipocrisia! Esses mesmos senhores não hesitam em acusar os cientistas de não terem Evidências Fósseis para corroborar a Evolução, pois queriam que houvesse amplos e completos registros fósseis de todas as espécies existentes evidenciando suas transições. A respota Evolucionista é óbvia, o registro fóssil é incompleto devido a vários fatores, mas essa explicação não é aceita e é usada como prova negativa da Evolução. Agora eles mesmos apelam para o mesmo raciocínio quando lhes convém. Por que teríamos de aceitar essa explicação?

Mas independente disso, eu tenho dificuldades em não rir ao imaginar um grupo de Capivaras, ou Antas, Tamanduás ou Tatus, migrando através de desertos, planícies geladas, numa longa peregrinação rumo ao interior do Brasil.

Há boas razões para supor que uma espécie poderia migrar da arca para a América do Sul sem deixar qualquer evidência. Muitas espécies fósseis são conhecidas em apenas uma ou poucas ocorrências e o registro fóssil é obviamente incompleto em termos geográficos. A formação de fósseis no mundo atual é relativamente rara. Um exemplo de quão incompleto é o registro fóssil em termos geográficos foi a descoberta de um fóssil de marsupial na Tailândia. Este é o único marsupial fóssil encontrado no sudoeste asiático. De onde ele veio e como chegou até lá? Foi encontrado um fóssil na Alemanha identificado como um tipo de tamanduá sul-americano, apesar de esta identificação ter sido desafiada. Se esta identificação for aceita, o fóssil alemão é a única evidência conhecida da existência da família do tamanduá fora da América do Sul. Muitos outros exemplos poderiam ser citados para mostrar que não se pode confiar nos fósseis como o registro completo da distribuição geográfica de uma espécie.
There are good reasons to suppose that a species could migrate from the ark to South America without leaving any evidence. Many fossil species are known from one or a few occurrences, and the fossil record is obviously geographically incomplete. Fossil formation in the present world is relatively rare, so absence of evidence is not the same as evidence of absence. An example of the geographical incompleteness of the fossil record is the discovery of a fossil marsupial in Thailand (Ducrocq et al. 1992). This is the only marsupial fossil known from southeastern Asia. Where did it come from, and how did it get there? A fossil found in Germany has been identified as a South American type of anteater (Storch 1981), although this identification has been challenged (Branham and Gaudin 1997). If the identification is accepted, the German fossil is the only known evidence of the existence of its family outside of South America and its margins. "Horned" turtles are known only from Paleogene deposits of South America and Quaternary deposits of Australia and New Caledonia (Benton 1993). Surely, there must be much missing information on their distributional history. Many other examples could be cited to show that fossils cannot be relied on for a complete record of a species geographic distribution.

Não sei que boas razões existem para crermos nas Capivaras, Lobos-Guará ou Onças Pintadas promoveram essa ODISSÉIA pelo Globo. A não ser que tenhamos que aceitar a revelação Bíblica a qualqer custo e adequar os dados da realidade seja com que consequências para a Razão.

Pelo menos dois processos relativos ao dilúvio poderiam explicar porque o registro fóssil pode ser especialmente incompleto quando os animais estavam se dispersando da arca. Em primeiro lugar, se certos grupos tiveram uma direção instintiva para migrar da arca diretamente para a América do Sul, eles devem ter realizado tal dispersão em um período de tempo curto e provavelmente com poucos indivíduos. É bastante improvável que tais grupos deixassem qualquer evidência fóssil de sua passagem através da região. Também já foi proposta uma direção sobrenatural da migração.
At least two processes relating to the flood could explain why the fossil record might be especially incomplete when the animals were dispersing from the ark. First, if certain groups had an instinctive drive to migrate from the ark directly to South America, they might accomplish such dispersal in a short time, and with only a few individuals. It is highly unlikely that such groups would leave any fossil evidence of their passage through the region. Supernatural direction of migration has been proposed (Whitcomb and Morris 1961:86; the idea is mentioned in Briggs 1995:5).

Não sei que processos relativos ao Dilúvio poderiam explicar a ausência de registros fósseis de espécies que viveram DEPOIS do Dilúvio! Como poderiam eles migrar, instintivamente, DIRETO para a América do Sul?! Só se fosse pelo mar! E por fim, rendidos à irracionalidade destas explicações fajutas, apelam para a possibilidade do sobrenatural!

Essa é a "Ciência" Criacionista!

O segundo fator que poderia resultar em mudanças rápidas na distribuição das espécies seriam mudanças rápidas no clima logo após o dilúvio. Por exemplo, se o clima se tornasse mais frio, espécies que gostam de calor tenderiam a expandir sua distribuição para os trópicos (movendo-se para o sul) e retirando-se do norte. Se este processo aconteceu logo após o dilúvio, as populações das espécies poderiam ser relativamente baixas. Grupos que viveram em uma região durante um curto período, com baixos níveis populacionais, poderiam ter facilmente escapado de terem sido preservadas no registro fóssil daquela região, mesmo que sejam conhecidos fósseis delas em outras regiões.
Rapid changes in climate soon after the flood are a second factor that could result in rapid changes in species ranges. For example, if the climate were becoming cooler, heat-loving species would tend to expand their ranges toward the tropics (moving southward) and retreat from the north (see Figure 11). If this process occurred soon after the flood, species populations might still be relatively low. Groups that lived in a region for a short time, with low population levels, might easily escape detection in the fossil record of that region, even though they are known as fossils from another region.

Tente imaginar... Lhamas no centro da Ásia, então um fenômeno climático as faz migrar para o Leste, provavelmente uma ponte de gelo as permitiu atravessar o estreito de bering e chegar ao Alasca. Por sinal locais onde o constante frio favorece a preservação de cadáveres quase perfeitos de vários tipos de animais. Se estabelecem onde hoje é o Canadá. Então outro fenômeno climático as empurra para o que viria a ser o Texas, e assim por diante, cruzando as florestas de sequóias americanas, atravessando a Amazônia, e por fim a Cordilheira dos Andes para chegarem até o Peru ou Chile.

Mas afinal que droga é essa?! Quer dizer que a Sibéria e o Alasca já foram quentes nos últimos 4 mil anos?! Ou que o Texas ou Deserto do México já congelaram?! Espero que isso deixe claro por que esses Srs PHDs arracam risos da comunidade científica!

Como Noé as buscou nas diversas partes do mundo para levá-las para a Arca?
Se existiam todas no Velho Mundo, como poderiam conviver com os animais de climas gelados e os de climas desérticos?

Na época de Noé só havia um continente. Todos os continentes atuais estavam juntos formando a Pangéa. Os animais que entraram na arca podem ter migrado de locais bastante distantes. Mas não é necessário que regiões remotas tenham sido povoadas por animais antes do dilúvio. Os criacionistas geralmente aceitam que, antes do dilúvio, o clima era ameno e não existiam nem ambientes gelados nem desertos. Provavelmente, espécies adaptadas a estes locais surgiram após o dilúvio.

A-há!!! A Pangéa! Como eu disse antes, agora ele cai na própria armadilha, como explicarei adiante. Mas antes, e quanto a essa alegação, que já admite Evolução dentro de certos limites, como será explicado mais adiante, sobre aceitarem a adaptação dentro de espécies? Tudo bem que o Urso Polar é uma espécie de Urso, é que o Leopardo das Neves uma espécie de Leopardo. Mas você poderiam me mostrar uma espécie sequer remotamente similar ao Pinguim que não viva em regiões geladas? Vamos ver no que isso vai dar mais para frente.

Agora quanto a Pangéa, uma constatação da Geologia Evolucionista, vejamos que interessante. A Deriva Continental já foi medida como sendo da ordem de mínimos centímetros por ano, por isso demoraram MILHÕES de anos para os continentes estarem na posição atual. Mas se isso tivesse ocorrido há cerca de 5 mil anos, para facilitar o cálculo, então uma parte da América do Sul que esteja a 5 mil kms da África se move na velocidade média de um quilômetro por ano não?

Um deslocamento dessa magnetude seria percebido por qualquer pescador. Seria impossível sequer fazer construções marítimas duráveis, e como qualquer habitante do litoral pode perceber, não tem havido um deslocamento de um quilômetro por ano nas praias.

Poderiam então dizer que o afastamento ocorreu apenas por um tempo e depois se estabilizou, o que teria ocorrido há pelo menos 500 anos, ou os navegadores portugueses teriam percebido. Gostaria de saber que evidências geológicas existiriam para essa espetacular "Freada" tectônica. Além disso, as civilizações antigas como China, Egito, Grécia e etc, que já possuíam consideráveis conhecimentos, muito provavelmente teriam notado um afastamento de terras dessa amplitude, o que com certeza reverberaria no Mediterrâneo, além de possuir devastador impacto tectônico.

A idéia da Pangéia com certeza explica muito, mas só funciona num período muito mais extenso de tempo, milhões a bilhões de anos, o suficiente para inúmeras espécies serem divididas e cada divisão em continente separada dar origem, através de centenas de milênios, a novas espécies através da Deriva Genética e Seleção Natural.

Se todas as espécies animais de todo o mundo de hoje existiam juntas no Velho Mundo, e se não houve evolução, então elas eram exatamente como agora. Sendo assim o Velho Mundo teria uma enorme variabilidade de climas, com desertos, florestas tropicais, ambientes gelados, pântanos, cavernas, lagos e etc. Por que não há nenhuma evidência de que tais ambientes existiram? Por que a Bíblia não menciona absolutamente nada sobre eles?

Como já explicado anteriormente, a maioria dos criacionistas aceita o surgimento de novas espécies e "evolução" dentro de certos limites. O que os criacionistas não aceitam de forma alguma é o aumento da complexidade dos seres vivos, pois não há nenhuma evidência científica de que isso possa realmente acontecer.

Então, admitem que a Evolução existe dentro de certos "limites", os evolucionistas dizem a mesma coisa, só que põem limites diferentes. Não é bem o local para discutirmos o aumento da complexidade dos seres vivos, mas de qualquer modo tal admissão é razoável. Como os próprios Criacionistas do INSTITUTE for CREATION RESEARCH admitem, haveria na Arca um casal de animais "felinos", que poderiam dar origem aos tigres, leões, onças e etc.

Além de todos os problemas de dispersão já citados anteriormente, tente imaginar como seria possível manter um único casal de felinos deste tipo. Para que sobrevivessem, teriam que se alimentar de pelo menos um outro casal de grandes herbívoros a cada 5 dias. Como a Arca permaneceu navegando por 150 dias (Gn 7:24) eles teriam então devorado 30 casais de espécies do tipo Antípoles ou Gnus, sem contar o tempo que levaram para sobreviver fora da Arca após as águas baixarem. Em menos de um ano, o que não é suficiente para um destes herbívoros chegar a idade adulta, um único casal de felinos e seus filhotes teriam consumido pelo menos 70 casais tipo herbívoros. Convido o leitor a fazer alguns cálculos e concluir quantos casais de herbívoros haviam na arca para um único casal de carnívoros, isto é, lobos, ursos, hienas e etc.

Fora isso, conte mais ou menos o número de espécies felinas que possuímos hoje, e veja segundo esse raciocínio, a velocidade com que conseguiram se "especiar", ou seja, como de uma espécie poderia surgir uma nova, tal como dos Tigres surgirem os Tigres Brancos.

O tempo disponível segundo o Criacionismo em questão é de menos de 5 mil anos, mas como na própria Bíblia, há dois mil anos, já há referência a felinos como Leões, pensemos em apenas 3 mil anos.

Se a especiação fosse possível a essa velocidade, qualquer família de criadores ao longo do menos de um século poderia notar diferenças consideráveis em suas criações. Nenhum experiência científica sugere que isso seja possível.

Segundo os Evolucionistas, que desenvolveram o conceito de especiação, o tempo mínimo para um espécie dar origem a outra mediante condições severas de isolamento geográfico, deriva genética e seleção natural, é 100 mil anos.

Mas o ponto onde quero chegar é o notável beco sem saída em que os Criacionistas se colocam. Eles afirmam não ser possível haver um aumento de complexidade ao longo de milhões ou bilhões de anos, no entanto, acham possível que um casal de felinos dê origem a leões, tigres, suçuaranas, jaguares e etc, em menos de 3 mil!

Convido o leitor a pensar nisso.

Como já mencionado na questão anterior, os criacionistas acreditam em um clima ameno antes do dilúvio, provavelmente sem desertos ou regiões geladas. Florestas tropicais, pântanos, cavernas e lagos podem ter existido. A Bíblia menciona apresenta um relato bastante resumido da criação e do dilúvio e pouco menciona sobre como eram os ambientes criados.

Sendo assim, as evidências sobre tais ambientes deveriam vir da Geologia. No entanto os geólogos não encontraram tais evidências, e os únicos que afirmariam que elas existem seriam os Criacionistas, pois a posição da IMENSA maioria da comunidade científica é evolucionista, 99,99% no mínimo. Se não existem tais evidências, só resta a especulação, para satisfazer a Revelação Bíblica.

E isso resume a "Ciência" Criacionista.

E não são só os animais grandes!
Como trouxeram Milhões de espécies de insetos e aracnídeos terrestres exclusivos da Amazônia? Sem os quais inclusive o ecossistema da floresta não se manteria?

Essa pergunta já foi respondida anteriormente. Várias perguntas são repetitivas!

Porque você decidiu expor a pergunta novamente! Poderia responder apenas as perguntas em CAIXA ALTA no começo do texto QUESTÕES SIMPLES pois as demais são apenas uma formulação diferenciada.

Mas voltando a questão, ela não foi satisfatoriamente respondida. A idéia das jangadas naturais, como eu já disse antes, além de insatisfatória devido a questões de variação de temperatura e pressão, ainda por cima é anti-bíblica. Não serve como resposta Criacionista.

Quando os descendentes de Noé se alastraram pelo mundo, já encontraram florestas prontas? Se sim como elas sobreviveram ao Dilúvio? Já deveria haver animais principalmente artrópodes, vitais para a existência do ecossistema, então o Dilúvio não foi Universal. Se não existiam as florestas, por que os descendentes de Noé migrariam para desertos, e como implantaram os ecossistemas?

Os ecossistemas não foram implantados pelos descendentes de Noé. As plantas simplesmente brotaram após o dilúvio, em diferentes regiões para onde foram levadas. Invertebrados e ovos de artrópodes podem ter sido dispersados por correntes oceânicas e os animais migraram para várias localidades diferentes.

Essa resposta também é uma mera reformulação das respostas anteriores, que devido a problemas como a impossibilidade de brotos ou sementes de inúmeras espécies sobreviverem na água, ou o fato de os vegetais dependerem em grande parte dos insetos, além do, insisto, problema de variação de pressão de, na melhor das hipóteses 4 kms de altitude, é muito pouco satisfatória.

Apesar disso, como eu já disse antes, e apesar de contradizer a revelação que inspira os próprios criacionistas, eu considerei parte das resposta devido a idéia das jangadas naturais. Até agora é a única questão que recebeu uma resposta minimamente razoável.

E os fungos e bactérias que não poderiam sobreviver ao Dilúvio? Será que a Arca de Noé também possuía reservatório para "casais" de fungos, bactérias e vírus?

Fungos e bactérias poderam ser preservados sem problema algum dentro da água, em cima de plantas e em porções de terra úmida. Muitos fungos e bactérias produzem esporos que são extremamente resistentes a condições desvantajosas. Muitos fungos e bactérias podem também ter sobrevivido dentro da arca, na superfície de plantas e na pele e no interior dos animais e pessoas que estavam dentro da arca.

Quanto aos que estariam dentro da arca, não poderiam ter chegado até os extremos da Terra como Oceania ou América, portanto, somente os que tivessem sobrevivido em jangadas naturais teriam alguma chance. Vá a um jardim e experimente submergir alguns cogumelos por alguns dias. Vejam quais sobrevivem. Tente também água salgada ou condições de pressão aquática equivalente a uma camada de cerca de 4 mil metros de água, sem luz por 150 dias.

Quanto a bactérias, sinto muito, muitas delas não sobrevivem na água. Essa afirmação seria a única que talvez exigisse uma opinião científica mais acurada, mas se pensarmos que algumas bactérias não sobrevivem sequer a uma lavada de mãos, acho muito difícil que elas sobrevivessem na água por tanto tempo.

Na verdade, devido a admissão de conceitos evolucionistas, a questão sobre as bactérias perde o sentido.

E os animais de água doce?

Essa pergunta já foi respondida acima

Como?! Já foi respondida?! De uma olhadinha lá em cima!

Como sobreviveram os animais de água doce? Ou as águas do Dilúvio eram doces? Se sim como sobreviveram os de água salgada? Se era um meio termo, como se explica, sem evolução, animais que não sobrevivem nesse meio termo?

Essa pergunta também já foi respondida acima.

Sobre a água doce sim, já foi "não-respondida", e sobre a água salgada eu mesmo já comentei possíveis respostas logo acima. Nenhuma delas aceitável.

E as etnias?

Esta pergunta também já foi respondida acima

Ou melhor, tentou-se respondê-la.

Na Teologia Bíblica, tanto os nativos das Américas quanto os Africanos e Asiáticos são descendentes do tronco de Can, ou Cão, o filho mais novo de Noé. Qual seria a aparência de Cão? Com certeza não deveria ser radicalmente diferente de seus irmãos e pais ou a Bíblia omitiria algo tão notável? Se dele descenderam Negros, Asiáticos e Ameríndios como é possível que estes tenham assumido características étnicas tão distintas em tão pouco tempo?

Esta pergunta também já foi respondida acima.

Não foi! Além disso confira as contra respostas prévias na página de QUESTÕES SIMPLES

Vejamos por exemplo o caso do negros. Se Cão era de pele clara, qual seria o motivo que levou seus descendentes africanos a ficarem com a pele escura?

De onde você tirou a idéia de que os negros são descendentes de Cão? A Bíblia nada nos diz em relação a isso.

Retirei da Teologia Bíblica para ser exato. Mas mesmo que não fosse, seria de Sem ou Jafé, o que não faria diferença. Mas se não foi nem isso, de onde eles teriam vindo então?!

Se um casal de nórdicos passar toda a vida em fortes exposições solares com certeza por volta dos 30 anos terá a pele bem escurecida, mas mesmo após isso um descendente deles não nascerá com a pele perceptivelmente mais escura. A única explicação seria Mutação e Seleção Natural, porém em pouquíssimo tempo.

A seleção natural e a mutação não são as únicas explicações. Embora estes dois fatores também possam ter atuado, provavelmente o fator mais importante deve ter sido o isolamento geográfico. Populações que foram para a África, por exemplo, ficaram totalmente isoladas das populações européias. Logicamente não houve troca de genes entre elas, devido ao isolamento reprodutivo, e isso favoreceu a especiação. Além disso, os criacionistas acreditam que todos os seres foram criados com uma grande capacidade de adaptação e, provavelmente, uma grande variabilidade genética (heterozigose em muitos genes) o que facilitaria as mudanças. O tempo, como já discutido acima, não é um problema.

Esqueci de acrescentar a Variação Genética na pergunta, mas se ela, a Mutação e a Seleção não são as únicas explicações, eu gostaria de conhecer as outras. O isolamento geográfico é apenas uma forma de permitir a atuação incisiva da deriva genética e seleção natural, que agem exatamente como você explicou.

Agora quanto ao tempo não ser problema, vejamos mais adiante.

Se houve gradativa transformação étnica, por que ela ocorreu? Seria para adaptar os Negros à grande incidência solar da África? Negros são mais resistentes a Câncer de Pele. Seria adaptação?

Sim, poderia ter sido um dos motivos.

Como se pôde notar ao longo de todo esse texto, sem Evolução não há Solução!

Se foi esse o caso, transformações adaptativas em tão pouco tempo, usemos um raciocínio:
De acordo com a cronologia bíblica essa diferenciação de etnias teve no máximo uns 3000 anos para ocorrer. O que é extremamente rápido em termos biológicos. Nessa proporção deveria ser notável alguma variação recente em etnias que se distanciam de seus locais de origem mesmo que não sofressem miscigenação.

Corrigindo: o dilúvio deve ter acontecido há, aproximadamente, 4000 anos atrás, de acordo com a cronologia bíblica. Esse tempo é mais do que suficiente para ter ocorrido até especiação (o que não é o caso das raças humanas), de acordo com os exemplos citados acima.

Tudo bem, mas acontece que já existem pessoas negras há milhares de anos, portanto o tempo de ação da adaptação para que descendentes de Noé ficassem escuros, ou com olhos orientais, seria na realidade no máximo de uns 2.500 anos!

Porém há arianos habitando a África do Sul há cerca de 300 anos e não há nenhum indício de escurecimento de pele em seus descendentes não mestiços.
Há negros habitando a América do Norte há quase 300 anos e não há nenhum indício de clareamento de pele em seus descendentes não mestiços.

Exemplos modernos não correspondem ao que pode ter acontecido após o dilúvio. Naquela época aconteceu um completo isolamento geográfico dos povos, que é exatamente o oposto do que está acontecendo atualmente: miscigenação entre as raças.

Sem escapismo por favor. Tudo bem que os Criacionistas inventem milagres para explicar tudo, mas se você afirmar que os seres humanos eram biologicamente diferentes na época da Torre de Babel por exemplo, aí você foge de uma vez por todas de qualquer possibilidade de argumentação científica. O comentário sobre miscigenação é errôneo. Há milhões de linhagens hoje em dia que continuam não se misturando. Principalmente em países como os E.U.A. onde a segregação racial é fortíssima.

300 anos é um período bastante curto para se notar diferenças como as que você citou acima. Além disso, desconheço qualquer trabalho científico, feito nos últimos 300 anos, que comprove que não estão ocorrendo mudanças entre esses povos.

Se de um judeu branco pode se originar um negro em 3.000 anos, creio que um décimo disso seria suficiente para se notar uma mudança de 10%. Isso sem levar em conta grupos étnicos que se isolaram em condições climáticas alheias há períodos maiores.

Quanto a segunda frase, não me decepcione. Essa é falácia do "Se ninguém provou que Mulas sem Cabeças não existem então elas devem existir."

Se todos os animais terrestres que existem hoje estavam presentes na Arca
de Noé, como foram para as ilhas isoladas?

Da mesma maneira como os evolucionistas explicam: as aves voando e os animais terrestres provavelmente em jangadas naturais.

Não é assim que os evolucionistas explicam, seria mais da forma a seguir.

Como já explicado acima, não é difícil explicar o povoamente das ilhas continentais: como elas estão próximas aos continentes, podem ter estado ligadas a eles no passado, o que permitiria a migração dos animais.

Exatamente, só que em períodos de tempo de milhões de anos.

Já as ilhas oceânicas apresentam um problema mais difícil para o povoamento, pois estão distantes de qualquer continente. E nenhum evolucionista acredita que os animais e plantas que povoam estas ilhas surgiram lá. Eles são descendentes de animais que conseguiram alcançar estas ilhas de diferentes maneiras.

Na verdade são, em sua maioria, descendentes de animais que ficaram presos nas ilhas quando elas se separaram do continente maior, HÁ MILHÕES DE ANOS!

Os animais e plantas que chegaram até estas ilhas podem ter sofrido diversificação e originado novas espécies. Por exemplo, as várias espécies de tentilhões que habitam as ilhas Galápagos podem ter se diferenciado a partir de uma ou mais espécies que chegaram nas ilhas primeiro (todas estas espécies pertencem a uma mesma família e são bastante parecidas).

Exatamente! Você está me saindo um bom Evolucionista. Já esta citando até Darwin!

Por que os descendentes de Noé se dariam ao trabalho de transportar de navio, milhares de espécies que hoje só existem por exemplo das Ilhas Galápagos? E como implementaram a fauna?

Como já citado anteriormente, estes animais podem ter migrado sem auxílio humano. Não acredito que os descendentes de Noé fizeram o transporte destes animais, muito menos de navio.

Como já abordamos antes, através de um epopéico Êxodo migratório, de Cangurus, Diabos da Tasmânia e Ornitorrincos por exemplo. Sem direito a um profeta guia ou revelações no Monte Sinai.

E não são só ilhas. Mas há também um continente inteiro em questão, a Antártida. Que jamais possuiu qualquer ocupação humana até a Era Contemporânea. Como os pinguins, que não nadam grandes distâncias em águas quentes, foram até lá?

E quanto a fauna do Ártico? Ursos polares, raposas e gaviões de clima frio. Existiriam há menos de 3.000 anos no berço da civilização? Sob que clima? Ou se adaptaram ao novo ambiente após chegar lá?

Como já citado anteriormente, a maioria dos criacionistas acredita que o clima era bastante ameno antes do dilúvio. Portanto, não existiam ursos polares e outros animais adaptados ao frio. Estas espécies devem ter surgido após o dilúvio, por diferenciação de outras espécies semelhantes (por exemplo, ursos pardos são muito semelhantes aos ursos polares e pertencem a uma mesma família)

A "Maioria" dos Criacionistas?! Não existe consenso sobre algo tão essencial para a compreensão da questão? No evolucionismo costuma haver divergências nas prioridades dos fatores que influenciam a Seleção Natural ou a Variação Genética, mas há consenso total com relação a Idade da Terra, A Pangéia, as Eras Glaciais e etc.

Os Criacionistas não tem consenso nem quanto a isto?! Entendo porque. A Bíblia nada diz a respeito não?

E voltando ao pequenos animais.

Haveria na Arca de Noé uma seção destinada aos insetos? Com milhões de reservatórios rigidamente discriminados abrigando todo o conteúdo necessário a sobrevivência das mais peculiares espécies algumas das quais microscópicas e indistinguíveis visualmente? Os passageiros da Arca teriam tão avançado conhecimento de Biologia a ponto de realizarem tão rigorosa seleção, manutenção e transporte para depois depositarem as espécies em locais específicos do planeta? Inclusive nas profundezas de cavernas recém descobertas onde não há qualquer indício de incursão anterior humana.? Por quê tão valioso conhecimento se perdeu?

Se os insetos ao invés de terem sido volutariamente trazidos, tivessem apenas infestado a arca, imaginemos milhões de espécies artropóides, inclusive as que não sobreviveram até a atualidade, convivendo com os demais animais e 8 humanos, por 40 dias 8 humanos, por 40 dias.

Estas perguntas também já foram respondidas.

Correção, convivendo por mais de 200 dias na Arca. (Gn 8:4) E não! Essas perguntas não receberam respostas satisfatórias. Tudo pode ser resumido nas questões em CAIXA ALTA no início do texto, que basicamente são:

1) COMO OS ANIMAIS ESPECÍFICOS DE CADA REGIÃO FORAM CHEGAR ATÉ LÁ?

Cuja a resposta foi um honesto "Não sabemos" seguido de especulações sobrenaturais.

2) COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES VEGETAIS DE CADA REGIÃO DO MUNDO SOBREVIVERAM AO DILÚVIO?

3) COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES DE ARTRÓPODOS SOBREVIVERAM?

Cujo único argumento aproveitável foi o das jangadas naturais, ainda que anti-bíblico e insuficiente para justificar a sobrevivência de todas as espécies que não resistiriam a variações de pressão e temperatura tão drásticas, bem como as que não suportariam 40 dias debaixo de chuva ou mesmo 150 dias submersas a profundidades de milhares de kms.

4) COMO SOBREVIVERAM OS ANIMAIS AQUÁTICOS DE ÁGUA DOCE?(E/ou de água Salgada)

Que não foi respondido. Como pode-se conferir acima.

5) COMO SE DESENVOLVERAM AS DIVERSAS ETNIAS HUMANAS EM TÃO POUCO TEMPO?

Que recebeu uma resposta que é largamente contradita pelas evidências atuais.

Lembrando que essas perguntas foram direcionadas ao CRIACIONISMO "CIENTÍFICO" de TERRA JOVEM e DILÚVIO UNIVERSAL. Que tem sido o mais expressivo mediante as eminentes figuras de Henry Morris, John Withcomb (ambos citados por Frank), Duane T. Gish, Thomas G. Barnes e outros, todos PHDs.

Diferente de TODOS os sites Criacionistas que conheço, aqui eu cito os links para o ponto de vista adversário, que no caso pode ser encontrado em:

WWW.CREATIONRESEARCH.ORG
WWW.ICR.ORG
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA CRIAÇÃO
SOCIEDADE CRIACIONISTA BRASILEIRA
SOCIEDADE ORIGEM E DESTINO

E outros que podem ser encontrados na página EVOLUÇÃO ou CRIAÇÃO, nos quais todos os brasileiros inclusive receberam e-mails de minha autoria com estas questões.

Ninguém Respondeu.

Portanto, com benevolência, considerei o argumento das jangadas naturais, e então a Criacionismo de Terra Jovem obteve 4%, digamos 5, de desempenho nestas questões. Desnecessário dizer qual seria o resultado se isso fosse um prova de Segundo Grau.

Por fim, impossibilitado de responder essas questões apesar do esforço, Frank de Souza Mangabeira, muda de estratégia, e parte para a idéia de que a melhor defesa é o ataque, lançando uma série de perguntas mal formuladas e mal direcionadas, mesmo porque na condição de um Não-Ateu e Evolucionista Teísta, muitas não se aplicam a mim.

Como o texto tratava de QUESTÕES SIMPLES, que sejam inteligíveis para qualquer pessoa, achei extremamente imprório que Frank tenha rebatido com tantas questões que exigem conhecimento mais elaborados de Filosofia, Biologia e Física.

Além disso, como ele não respondeu as 5 Perguntas Simples, eu não devia nem responder a este contra-ataque.

Não obstante, o farei, na medida do possível, e de forma menos prolixa que puder.

AGORA, MARCUS, TENHO UMAS PERGUNTAS PARA OS EVOLUCIONISTAS

Ok! Vamos lá!

1. De onde veio o espaço para o Universo?

Segundo o modelo do Big-Bang, Espaço e Tempo surgiram da expansão do Hiper Átomo Primordial, matemáticamente isso é demonstrável, de acordo com a Teoria da Relatividade.

2. De onde veio a matéria?

Pela física atual ela sempre existiu.

3. De onde vieram as leis do Universo (gravidade, inércia, etc)?

Difícil saber, poderiam ter se organizado imediatamente após o "Bang" devido a dinâmica de eventos, ou talvez já existissem antes.

4. Como pode a matéria estar tão perfeitamente organizada?

"Perfeitamente" organizada é apenas uma opinião. Ela apenas é Organizada de acordo com as Leis do Universo local. Com a ação das Forças Gravitacionais, Eletromagnética, Nuclear Fraca e Nuclear forte, a matéria não poderia se organizar de outra forma. Isso equivale a perguntar como pode uma bolha de sabão ser esferóide. Devido a ação de certas forças.

5. De onde veio a energia para organizar tudo?

Não sei o que quer dizer energia para organizar tudo, mas a energia é matéria em outra forma, provavelmente sempre existiu, a organização de deu devido as leis citadas acima.

6. Quando, onde e por que e como a vida veio de matéria morta?

Há cerca de 3,5 Bilhões de anos, no nosso planeta Terra. Como, ainda é o objeto de estudo da Biogênese. Agora o porquê... Eu acredito numa tendência do Universo para a evolução da complexidade.

7. Quando, onde, por que e como a vida aprendeu a reproduzir-se?

Vida só faz sentido com reprodução. Não existem formas de vida que não se reproduzem. Vale a mesma resposta acima.

8. O que fez a primeira célula capaz de reprodução sexual reproduzir-se?

Esse é um dos 5 grandes enigmas da Evolução que ainda estão sem uma resposta consensual.

9. Por que os animais e plantas iriam reproduzir mais que seu tipo já que isto significaria que teria mais bocas para alimentar e diminuiria as chances de sobrevivência? (O indivíduo tem mais dificuldades em sobreviver ou a espécie? Como você explica isto?)

Só o Ser Humano tem essa noção de consequência. Os demais seres vivos sequer sabem de que forma se reproduzem, não associam sexo e reprodução assim como a própria humanidade não fazia até certo momento da pré-história. O indivíduo tem muito mais dificuldade em sobreviver do que a espécie, creio que isso seja óbvio. É mais fácil matar um único elefante do que exterminar toda a espécie.

10. Como podem as mutações (recombinando o código genético) criar uma nova e melhorada variedade? (Recombinar letras inglesas nunca iria produzir um livro chinês.)

Normalmente não são as mutações que aperfeiçoam a espécie, mas sim o acúmulo da variação genética e da seleção natural. Se você recombinar uma única linha que monta um caracterer alfabético, produz uma letra num estilo diferente, com o passar do tempo, e o acumulo de variações, pode-se produzir uma escrita completamente diferente.

11. É possível que as similaridades no design entre os diferentes animais provam a existência de um Criador ao invés de um ancestral comum?

Elas podem sugerir. Mas não provar.

12. A seleção natural só trabalha com a informação genética disponível e só tende a preservar uma espécie estável. Como você explicaria a complexidade crescente do código genético que precisava ter ocorrido, se a evolução fosse verdade?

É uma longa explicação, que é amplamente fornecida por qualquer livro de evolução. Tentarei resumir.

A Seleção Natural está subordinada aos fatores ambientais, de acordo com as condições, ela empurra a espécie numa direção ou outra. O material genético, graças a variação comum e as mutações, não é sempre o mesmo, e vai se transformando com o passar da gerações. A Seleção Natural na verdade trabalha com materiais progressivamente diferenciados.

O código genético é um cadeia de moléculas de substâncias químicas agrupadas, é facilmente alterável por diversos fatores. Para que sua complexidade aumente, basta uma pequena reação química.

Mais a frente, tentarei exemplificar de forma simples.

13. Quando, onde, por que e como:
a. Plantas unicelulares se tornaram pluricelulares? (Onde estão as duas ou três células intermediárias?)

Plantas Unicelulares?! Nunca ouvi falar! Quanto aos seres unicelulares se tornarem pluri, basta uma alteração e seu método de divisão celular, num processo de acúmulo de transformações que pode ser evidenciado numa pergunta similar: Como uma única célula se transforma em um Ser Humano? Onde estão as células intermediárias?

b. Animais unicelulares evoluíram?

Creio que Quando e Onde não venham ao caso, muito menos Por Quê, mas o Como pode ser respondido. Evoluíram graças A Derivação Genética, Mutação e a Seleção Natural.

c. Peixes mudaram para anfíbios?

Peixes não mudaram para anfíbios. Houve uma grande série de elos intermediários entre espécies que possam ser consideradas Peixes e outras que possam ser consideradas Anfíbios. É equivalente a achar que um bebê se torna um adulto da noite para o dia.

d. Anfíbios mudaram em répteis?

Idem.

e. Os répteis mudaram para pássaros? (Os pulmões, ossos, olhos, órgãos reprodutores, coração, método de locomoção, pele são todos diferentes!) Como viviam as formas intermediárias?

Idem. E nem são tão diferentes. Há semelhanças análogas entre todas as espécies. Na verdade muitos consideram os próprios dinossauros como representantes de elos entre Répteis e Pássaros. Como viviam? Nasciam, se alimentavam, cresciam, se reproduziam e por fim morriam.

14. Quando, onde, por que e como:
a. Evoluíram as baleias?
b. Evoluíram os cavalos-marinhos?
c. Evoluíram os morcegos?
d. Evoluíram os olhos?
e. Evoluíram os ouvidos?
f. Como evoluíram os cabelos, pele, penas, escamas, unhas, garras, etc?

Creio que não seja o caso de explicar um por um, cada fenômeno evolutivo em si. Demoraria dias e gastaria muito tempo e espaço em HD. Basta uma explicação genérica, que será dada ao final.

15. O que evoluiu primeiro (como e em quanto tempo, funcionou sem os outros)?:
a. O sistema digestivo, a comida a ser digerida, o apetite, a habilidade de encontrar e comer a comida, os sucos digestivos, a resistência do corpo ao próprio suco gástrico (estômago, intestinos, etc)?
b. O impulso para reproduzir ou a habilidade para reprodução?
c. Os pulmões, a mucosidade que os protege, a garganta ou a perfeita mistura de gases respirada pelos pulmões?
d. O DNA ou o RNA para levar as mensagens de DNA para as partes das células?
e. O cupim ou a enzima em seus intestinos que digerem a celulose?
f. As plantas ou os insetos que se mantiveram vivos e polinizaram as plantas?
g. Os ossos, ligaduras, tendões, circulação ou músculos para mover os ossos?
h. O sistema nervoso, sistema de reparo ou sistema hormonal?
i. O sistema imunológico ou a necessidade dele?

O mesmo vale para esse trecho. Não caberiam aqui explicações tão extensas e nem eu poderia dá-las em sua maioria. Essas não são QUESTÕES SIMPLES! E ainda por cima tentam abusar dos paradoxos de Causa e Efeito.

16. Há muitos milhares de exemplos de simbiose que desafiam uma explicação evolutiva. Por que devemos ensinar nossos estudantes que a evolução é a única explicação para estas relações?

Apenas por que ela É A ÚNICA EXPLICAÇÃO!!!

17. Como explicaria a evolução o mimetismo? Desenvolveram os animais e plantas por acaso o mimetismo, por sua opção racional ou por plano?

Pela Seleção Natural Cumulativa, e as Variações Genéticas!

18. Quando, onde, por que e como o homem desenvolveu sentimentos? Amor, piedade, culpa, etc. nunca evoluiríam na teoria da evolução.

O Ser Humano possui bases biológicas de comportamento, como instintos de proteção, reprodução e etc. Mas o desenvolvimento mais refinado se deu de forma Cultural, onde a Teoria da Evolução, que é Biológica, não se aplica, e sim teorias Antropológicas e Psicológicas.

19. *Como evoluiu a fotossíntese?

Através da Seleção Natural e Variabilidade Genética.

20. *Como evoluiu o pensamento?

Através do desenvolvimento Cultural, especialmente acelerado graças a reflexão filosófica, e especialmente retardado graças a fanatismos religiosos como o Fundamentalismo Bíblico.

21. *Como as plantas com flores evoluíram e do quê?

Pela enésima vez, através da Seleção Natural e Deriva Genética!

22. *Há uma clara predição de macroevolução que tem sido demonstrada verdadeira?

Sim! Citarei só 3:

1 - Quanto mais distantes entre si na escala evolutiva, mais as espécies diferem em DNA, e vice-versa.

2 - Quanto mais isolado o ambiente, mais as espécies tendem a se diferenciar. Todo nicho ecológico muito remoto que é encontrado, como cavernas e fundos de lagos congelados, tem apresentado espécies radicalmente díspares.

3 - Jamais poderemos encontrar um fóssil de uma espécie numa época anterior ao surgimento da mesma na escala evolutiva. Um simples fóssil de hominídeo de mais de 50 milhões de anos derrubaria todo o paradigma evolutivo atual.

23. *Você acredita honestamente que tudo veio do nada?

Não. Nem eu e nem cientista algum que eu já tenha ouvido falar. A não ser que se considere como NADA o Vácuo Quântico que alguns cosmólogos tem proposto.

Agora você, se é um Criacionista genuíno e crente na Bíblia, com certeza deve acreditar. Pois CRIAR, literalmente, significa produzir do NADA. Segundo a Bíblia Jeová não usou protomatéria alguma, e a mesma não poderia ter simplesmente emanado dele, ou isso seria PANTEÍSMO.

Depois de você ter respondido às questões, por favor, veja cuidadosamente suas respostas e considere as perguntas seguintes.

1. Você está seguro que suas respostas são racionais, corretas e cientificamente comprováveis, ou crê que simplesmente as coisas aconteceram como você respondeu? (Estas respostas refletem sua religião ou a ciência?)

Elas com certeza são racionais e coerentes, corretas, já é uma outra história. Cientificamente comprováveis, só as que refletem o paradigma evolutivo atual. Elas refletem a Razão, e portanto, para mim, preferencialmente minha Filosofia.

2. Suas respostas mostram mais ou menos fé do que uma pessoa que diz "Deus deve ter projetado isto?"

Muito menos. Pois elas se apoiam em evidências simples da realidade, tais como "Todas as Coisas se Transformam", e que "Não Existe Criação"!

3. É possível que um Criador inadvertido desenhou este Universo? Se Deus é excluído do princípio da discussão por sua definição de ciência, como poderia ser mostrado que Ele criou o Universo se Ele fez?

Sim. É possível. E poderia ser mostrado se os dados da realidade apontassem inequivocamente para isso.

4. É sábio e justo apresentar a evolução aos estudantes como fato?

Claro! Ela é um fato! Até você mesmo a admite "dentro de certos limites" não? Na pior das hipótese a Teoria da Evolução apenas exagera uma fenômeno real, enquanto o Criacionismo propõe um fenômeno absolutamente contrário a todas as leis naturais.

5. Qual é o resultado de uma crença na evolução (estilo de vida, sociedade, atitude para com os outros, o destino eterno, etc.)?

Resulta em descobrir que nossa espécie tendo atingido o ápice da complexidade no Universo, e sendo Auto Consciente, é a única capaz de definir e dirigir seu próprio destino. Coloca a responsabilidade em nossas próprias mãos e nos obriga a lutar por um mundo melhor Aqui e Agora. Mostra que nossa Humanidade é o maior e mais belo produto do Universo, e que renegá-la seria uma estupidez. Portanto devemos superar nossos elementos animais e escaparmos das leis cegas da Seleção Natural e construirmos nossa sociedade baseada em valores humanos que só nós possuímos.

Enquanto aceitarmos que a Natureza haja sobre nós com suas leis brutais de sobrevivência, jamais poderemos realizar o que há de melhor em nós mesmos, nossa Humanidade. E uma das maiores formas de permitir que as leis selvagens nos governem é disfarça-las de Leis Divinas, como por exemplo: CRESCEI E MULTIPLICAI! Que é evidentemente um diretriz instintiva básica da Natureza.

Não conseguiremos fazer nada disso enquanto crermos nos efeitos colaterais da Evolução Cultural, que são as crenças em deuses, demônios ou fenômenos sobrenaturais. Não construiremos um mundo melhor se acreditarmos que profecias apocalipticas estão sendo realizadas, e que nada podemos fazer para deter esse desígnio divino a não ser crer numa doutrina formulada por uma dúzia de homens totalmente imersos nas condições culturais de sua época, sem a menor idéia do que a história reservaria à humanidade nos milhares de anos subsequentes, e que formularam sua fantasia baseada em crenças tribais de povos bárbaros e sanguinários, e em alegados eventos miraculosos que ou não foram vistos, ou só foram experienciados durante um ataque epiléptico.

6. As pessoas aceitam a evolução devido aos fatores seguintes?

a. Isso foi tudo o que elas foram ensinadas.

Sim! A maioria delas. Porém se quiserem examinar mais detidamente os fatos, e não possuírem entraves psicológicos violentos como crenças em deuses vingativos, poderão constatar a superioridade racional da Teoria Evolucionista sobre qualquer outra forma de explicação.

b. Elas gostam da liberdade de Deus (nenhuma moral absoluta, etc.).

Para variar, você está confundindo Evolucionismo com Ateísmo. A maioria ESMAGADORA dos que aceitam a Evolução crêem em algum tipo de Deus. Mas é claro que o Evolucionismo é um reforço ao Ateísmo, não há dúvida. Gostar disso, já é uma outra questão.

c. Elas se unem para apoiar a teoria com medo de perder o seu trabalho ou status.

Elas apoiam a Teoria por que quando examinam os fatos SEM MEDO de estarem blasfemando contra Deus ou estarem sob influência de Satanás, percebem que não há outra explicação.

d. Eles estão muito orgulhosos para admitir que estão equivocados.

Pode acontecer. Porém a natureza não fornece dados que permitam abalar as premissas fundamentais da Evolução. Se houvessem evidências concretas da Criação no mundo real, haveria Criacionistas não Religiosos.

e. A evolução é a única filosofia que se pode usar para justificar sua agenda política.

Não sei que agenda política. Tenho visto inúmeros políticos se baseando em religião, como PSC ou o Partido do Edir Macedo. Mas nunca ouvi falar em algo como PEB (Partido Evolucionista Brasileiro).

De certo conceitos Evolucionistas foram equivocadamente aplicados para justificar certas políticas, mas é daí? O Cristianismo também já foi usado para promover as maiories atrocidades já cometidas na História.

7. Devemos continuar usando evidências antigas, desaprovadas, inconclusivas e incorretas para apoiar a teoria da evolução porque nós não temos um substituto convincente (Homem de Piltdown, recapitulação, archeoptérix, Lucy, Homem de Java, Homem de Neanderthal, a evolução do cavalo, órgãos rudimentares, etc.)?

Claro que não. E nem precisamos, pois temos inúmeras evidências aprovadas, conclusivas e corretas para apoiar a Evolução, entre elas todas as que você citou, que só são desaprovadas por Fundamentalistas Religiosos. (Opa! Menos a do Homem de Piltdown!)

Reflita, ao tentar responder.

Não tive dificuldades para responder, mas refleti bastante, e como sempre, cada vez mais concluo que o CRIACIONISMO não passa de uma Apologética Fundamentalista Relgiosa, sem qualquer compromisso com a realidade mas sim com seus Dogmas irracionais e ultrapassados, e sem qualquer competência para outra coisa que não reforçar a crença cega na Gênese Bíblica.

Sinceramente,

Frank

De qualquer modo, tenho que agradecer muito ao Colega FRANK DE SOUZA MAGABEIRA, até agora meu mais participativo visitante, pela sua contribuição. Espero que o conteúdo desta discussão jamais transgrida os limites do intelectualismo e que sirva para que pessoas possam decidir a respeito de suas conviccões.

Por fim. Vejamos agora uma exemplificação de um processo evolutivo de acordo com o Neodarwinismo, que sirva para responder parte das perguntas acima e ajude à compreensão de conceitos básicos sobre Evolução.

Mais uma vez insisto em utilizar elementos simples. Nada de exigir explicações sobre fotossíntese, enzimas digestivas de térmitas ou processos de divisão celular. Utilizarei conceitos evolucionistas para demonstrar como eles explicam facilmente a distribuição geográfica das espécies, impossíveis de serem explicadas quando se crê em lendas como Criação Divina e Dilúvio Universal.

ILUSTRAÇÃO DE PROCESSO EVOLUTIVO

Para evitar repetir exemplos clássicos de livros ou usar exemplos reais, formularei um raciocínio que ainda que hipotético, reflete bem a maneira como a Biologia entende o processo de especiação.

Imaginemos uma ilha onde há uma extensa planície de vegetação rasteira ao centro, uma floresta a oeste e formações arenosas a leste. Entre outras espécies, vive um tipo de felino de tamanho médio que chamaremos Grifon, devido a um tipo de juba nas costas que lembrariam assas.

Esses Grifons possuem um tamanho médio, e variam naturalmente cerca de 20% para maior ou menor, assim como pode ser observado em qualquer animal. Também a cor de seu pelo, normalmente amarela, varia para um amarelo claro ou escuro.

Essas variações se dão devido a Deriva Genética, o fato de que cada espécie produz descendentes ligeirmente diferentes de si, ou filhos seriam absolutamente idênticos aos pais. Isso ocorre devido ao processo de cruzamento resultar em misturas de genes, informações sobre as características da espécies, que sempre podem trazer novidades.

Os Grifon maiores e mais pesados são mais fortes, os menores e mais leves são mais ágeis e rápidos. Eles podem caçar herbívoros grandes ou pequenos. Os maiores preferem pegar os grandes, que também são mais lentos, os menores preferem não enfrentar o herbívoros grandes, mas sim caçar os menores que são também mais rápidos. Os de tamanho médio possuem uma gama de opções maior.

A cor de pêlo amarela favorece o mimetismo a luz do dia, a capacidade de se disfarçar no ambiente e surpreender a caça, cores mais escuras favorecem o desempenho em período menos iluminados do dia, e as cores mais claras são menos vantajosas.

Porém a espécie está muito bem adaptada ao ambiente, de modo a ser estável. A maioria dos indivíduos apresenta a pelugem amarelada média e o tamanho médio, sendo que os escuros, claros, pequenos e grandes constituem parte minoritária da população, pois a Seleção Natural favorece a média.

Então numa certa época, devido ao movimento de placas, e erupções vulcânicas, a ilha acaba por se dividir, separando a população de Grifons, que ficam isoladas em ilhas distintas.

Na ilha Oeste a vegetação é mais alta e mais escura, ficando mais próxima a uma densa floresta, na ilha leste a vegetação é ainda mais rasteira, se aproximando de formações de areia clara. Com isso, as populações estarão agora submetidas a condições ambientais diferentes.

O ambiente da ilha Oeste favorece os indivíduos de pelo mais escuro, e de tamanho menor, pois a vegetação é mais emaranhada, e dentro da floresta não há grandes herbívoros mas sim pequenos.

Na ilha Leste a vegetação mais baixa e as planícies arenosas favorecem os indivíduos de pelo mais claro, assim como a presença de muitos herbívoros grandes favorece aos Grifons maiores e mais fortes.

Em ambos os casos, a Seleção Natural deixa de favorecer a média, e passa a favorecer os extremos. Antes, um indivíduo 20% maior tinha mais dificuldade em obter comida, agora, na ilha Leste passa a ter mais facilidade, e vice-versa.

Esses indivíduos dos extremos, que antes viviam menos, em piores condições e tinham menos chances de se reproduzir, agora passam a se beneficiar dos ambientes em que estão. Em algumas dezenas de anos, na ilha Oeste, o tamanho menor deixa de ser minoria para ser maioria, e o tamanho grande praticamente não tem chances de sobrevivência, sendo então eliminado. Temos então na ilha Oeste uma população de Grifons menores e de pelo escuro, e que também passa a cada vez mais adquirir hábitos noturnos.

Por outro lado na ilha Oeste, passa a haver Grifons maiores e de pele mais clara, de hábitos diurnos. O Grifon em sua forma original, tamanho médio e pelo amarelo em tom mediano, acaba sendo extinto.

Centenas de anos depois, as diferenciações vão se acentuando. Antes um tamanho 10% menor já era pouco comum, 20% era raro, e menor que isso praticamente inexistente. Agora na ilha Oeste, a média é um tamanho 20% menor que o original, e então ocorrências de tamanhos ainda menores tem mais chances para acontecer. O oposto ocorre na ilha Leste.

Chegara um momento em que a Deriva Genética terá se acentuado tanto, em direções opostas, que essas populações passam a ter códigos genéticos excessivamente diferentes para serem capazes de cruzar entre si, ficando então reprodutivamente isoladas, e finalmente se tornando espécies diferentes.

A especiação está concluída.

Se posteriormente elas puderem se encontrar de novo, devido a junção das ilhas a uma ilha maior, ou algum fenômeno tectônico reverso, não mais poderão se misturar, mantendo então seu estado de espécies distintas. Teremos então Grifon Escuro da Floresta, menor e mais rápido, e de hábitos noturnos, e o Grifon Branco das Estepes, muito maior e mais forte.

Há inúmeras outras maneiras de haver isolamento geográfico, podem ocorrer surgimento de cordilheiras, abertura de fissuras, formação de desertos ou etc, que separem mais rapidamente as populações. Ou ela podem simplesmente se espalhar e perder o contato com seus ancestrais. Com o tempo cada população se adapta ao ambiente, sofrendo uma série de mudanças, a forma original tende a desaparecer.

Com esse exemplo, podemos entender porque os animais da América do Sul são diferentes dos da África, e ainda mais dos da Oceania, pois antes havia um único continente, e após muito milhões de anos existem vários, onde as espécies passaram a se especiar segundo suas condições específicas. Por isso embora haja felinos, caninos e roedores tanto nas Américas quanto na África, eles são diferentes entre si.

Como nunca existiu Dilúvio Universal, e a Terra possui 4,5 Bilhões de anos, esses animais tiveram tempo mais do que suficiente para a partir de ancestrais comuns, darem origem a novas espécies relativamente estáveis, e que não sofrem mudanças perceptíveis em período menores de tempo, como menos de 10 mil anos.

Isso explica a existência de Capivaras exclusivas no Brasil, Cangurus na Austrália, ao mesmo tempo que explica por que há Ursos tanto na Ásia quanto no Canadá, pois são continentes mais próximos. Quando maior a distância entre as terras, mais as espécies tendem a se diferenciar.

Creio que esse exemplo sirva para ilustrar e responder algumas das perguntas feitas por Frank de Souza Mangabeira. Como eu disse, não precisei apelar para nenhum conceito que fuja a compreensão da maioria das pessoas, Seleção Natural e Deriva Genética são simples. Não precisei de nenhum milagre ou evento altamente improvável como migração organizada de animais através de extensos caminhos. Diferente do que os Criacionistas pensam, também não é necessária a participação da Mutação, pois ela em geral, sendo uma mudança muito drástica, tende a deixar o indivíduo em desvantagem com relação ao ambiente onde sua espécie está adaptada.

Esse exemplo pode até não ser cientificamente comprovável, pois não temos como promover uma experiência deste tipo, mas ele se baseia em fenômenos que de fato existem, e é perfeitamente coerente. Qualidades que o Criacionismo não tem.

Marcus Valerio XR


Finalmente, em 31 de OUTUBRO de 2002, Frank me enviou novos comentários desta vez feitos por uma criacionista que é Doutora em Microbiologia. Confira em: RESPOSTAS DA DR. MÁRCIA OLIVERIA DE PAULA



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Questões Simples que o
Criacionismo Não Responde