MITOLOGIA - FILOSOFIA - TEOLOGIA - CIÊNCIA
A EVOLUÇÃO DO QUESTIONAMENTO HUMANO SOBRE AS ORIGENS


Na maior parte da história da humanidade a expressão cultural que mais se destaca é a mitologia, que entre outras coisas respondia os anseios implacáveis do Ser Humano por saber sobre os mistérios de sua origem e destino.

Posteriormente a Filosofia rompeu com o mito e apresentou novas propostas de grande racionalidade mas ainda carentes de comprovação. A Idade das Sombras obscureceu parte da Razão no ocidente, e fundindo mito com filosofia, trouxe na Teologia um novo desenvolvimento racional para a mitologia das mais bem sucedidas religiões, especialmente o Cristianismo.

Por fim a Ciência se estabeleceu como uma fonte de conhecimento mais confiável e claramente eficiente no que se refere a questões materiais. Dogmas milenares não resistiram às provas, e finalmente o Ser Humano conhecia uma resposta racionalmente aceitável para sua origem e a de toda a vida na Terra, assim como do próprio Universo.

A Teoria da Evolução é única no campo das ciências, diferente de diversas outras áreas ela não enfrentou nenhuma rival aceitável, como por exemplo as Teorias do Big-Bang que durante muito tempo disputaram a atenção da comunidade científica com as Teorias de Universo Estacionário.

A explicação disso é extremamente simples: Não há outra opção!

Até agora nenhuma outra proposta para explicar a origem das espécies, como a Geração Espontânea por exemplo, sobreviveu sequer a uma experiência controlada básica. A Teoria da Evolução é até agora, a ÚNICA explicação racional e científica que se conseguiu elaborar.

Em qualquer meio acadêmico ou científico sério, as dúvidas a respeito da realidade da Evolução não são muito maiores que as dúvidas a respeito do Heliocentrismo, ela é muito mais consensual até mesmo que as Teorias do Big Bang.

Todavia, apesar da mitologia e da religião estarem há muito tempo afastadas de assuntos que só devem dizer respeito a Ciência, não é verdade que conseguimos nos livrar totalmente de um certo obscurantismo quase medieval. Em plena virada de milênio, há um número considerável de pessoas que procuram uma explicação religiosa para a origem da vida e do mundo.

Isso não seria problema se tais pessoas se limitassem a suas áreas de fé, mas curiosamente algumas decidiram bater de frente com a Teoria da Evolução e do Big-Bang sem qualquer proposta científica aceitável, e o mais sério, nos E.U.A. onde o Fundamentalismo Cristão moderno surgiu, chegou-se temporariamente a conseguir em alguns estados a proibição do ensino evolucionista nas escolas, e posteriormente a obrigatoriedade do ensino em pé de igualdade, de uma "teoria" concorrente, o CRIACIONISMO.

Há um considerável grupo de cientistas tentando romper a hegemonia do Evolucionismo nos meios acadêmicos com propostas um pouco mais elaboradas, entretanto até agora tais propostas não foram levadas a sério pela maioria esmagadora da comunidade científica, e a razão é óbvia, o Criacionismo não têm uma base científica sólida.

Tal carência de base pode ser resumida em uma só frase: NÃO EXISTE CRIAÇÃO NA NATUREZA!!!

O próprio Senso-Comum, através da famosa "Lei de Lavoisier" pode entender isso: NADA SE CRIA, NADA SE PERDE, TUDO SE TRANSFORMA!!!

EVOLUÇÃO é TRANSFORMAÇÃO! É o acúmulo de transformações sucessivas, passagens de um estado para outro similar, em série.

"Criação" propriamente dita, seria a manifestação de algo sem procedência, do Nada! Ou uma mudança para um estado muito mais elaborado radical e repentinamente. Idéia inaceitável em Ciência.

Devo confessar que simpatizo com a idéia de se buscar uma alternativa à Teoria da Evolução, pois praticamente todas as outras áreas científicas evoluíram através de sucessivas superações entre teorias e hipóteses. Um "Criacionismo Científico" seria para mim, algo fascinante, capaz não apenas de abrir um novo horizonte de investigação mas toda uma reformulação no campo das Ciências Naturais, bem como, através de uma dialética, impulsionar o desenvolvimento do Evolucionismo, mas teria que ser CIENTÍFICO!

Infelizmente como pretendo demonstrar a seguir, não me parece o que tem acontecido.

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